A Síndrome Musculoesquelética da Menopausa é uma condição que afeta cerca de 70% das mulheres na perimenopausa.
A dor musculoesquelética é uma queixa comum nos consultórios, fazendo com que os ginecologistas e profissionais da saúde primária sejam o primeiro ponto de contato com essas mulheres.
É fundamental não só que o conhecimento sobre essa condição seja difundido, bem como os médicos ortopedistas ficarem atentos, porque o risco de evoluir para quadros devastadores e permanentes é muito alto.
Por isso, no conteúdo de hoje falaremos sobre essa síndrome, o que ela afeta e as principais dúvidas e estratégias para te ajudar!
O que é a síndrome musculoesquelética da menopausa?
A síndrome musculoesquelética da menopausa refere-se ao conjunto de problemas musculares, ósseos e articulares que surgem pela queda do estrogênio.
Sintomas comuns:
- Perda óssea e muscular;
- Fraqueza muscular;
- Fragilidade e fraturas;
- Disfunção metabólica.
Profissionais de saúde, como ginecologistas e clínicos gerais, devem estar atentos a qualquer sintoma para que essa condição seja tratada preventivamente em consultas de rotina com mulheres na perimenopausa.
Há diversas terapias e estratégias que podem reduzir os riscos e melhorar a qualidade de vida.
Falaremos sobre elas mais adiante!
É comum mulheres, especialmente na perimenopausa, apresentarem um risco de cerca de 71% maior de dor musculoesquelética em comparação com outras na pré-menopausa. Muitas vezes, a dor é sentida no quadril e em outras articulações, causada pelas alterações hormonais e a redução dos níveis de estrogênio.
O que acontece com os músculos na menopausa?
Na menopausa, a redução dos níveis de estradiol (forma ativa de estrogênio) contribui para a perda de massa muscular, conhecida como sarcopenia, perda de força e aumento de tecido adiposo entre as fibras musculares. Isso impacta o desempenho físico e aumenta a vulnerabilidade a lesões e fragilidade muscular.
O que acontece com as articulações na menopausa?
O estrogênio também ajuda a regular a inflamação nas articulações. Sua queda contribui para o aumento de artralgia (dor nas articulações), geralmente sem alterações estruturais visíveis em exames de imagem.
Além disso, o envelhecimento e a perda de estrogênio influenciam o surgimento de rigidez e inflamação, tornando as articulações mais vulneráveis à artrite e inflamação crônica.
A artralgia na menopausa
Como falamos anteriormente, o estrogênio atua como um regulador inflamatório essencial, desempenhando um papel importante na prevenção da artralgia generalizada, que é a sensação subjetiva de dor nas articulações. Durante a transição da menopausa, os níveis desse hormônio caem gradualmente, o que contribui para um aumento dessa dor, especialmente nas articulações.
Esse incômodo tende a se intensificar no início da pós-menopausa, período em que o organismo sente mais intensamente a ausência desse hormônio, muitas vezes causando impacto significativo na qualidade de vida das mulheres.
Também é comum sentir dor nos ossos?
Sim, bastante comum! Vou explicar…
O estrogênio é um importante hormônio que ajuda a manter a densidade óssea, mas com sua queda, há uma redução significativa na densidade mineral dos ossos, aumentando os riscos de osteopenia e osteoporose.
Essa perda de densidade óssea ocorre rapidamente na perimenopausa e pós-menopausa, resultando em dores ósseas frequentes. Por isso, mantenha as consultas em dia com seus médicos ginecologista e ortopedista. Ok?
Como tratar as dores musculares na menopausa?
O tratamento para as dores musculares na menopausa envolve uma abordagem integrada que contempla a reposição hormonal, nutricional e física.
A terapia de reposição hormonal pode ser eficaz para equilibrar os níveis de estrogênio, hormônio essencial para a modulação da dor e para a saúde articular.
Além disso, uma alimentação rica em proteínas de alta qualidade e em vitamina D ajuda a sustentar a saúde muscular e óssea, combatendo o enfraquecimento natural que ocorre com a idade.
A prática de exercícios de resistência, como o levantamento de peso e atividades de fortalecimento muscular, é fundamental, pois contribui para a manutenção e até o aumento da massa muscular e da densidade óssea, reduzindo, assim, o risco de perda funcional e de dores recorrentes.
Conheça a Dra. Júlia Azevedo
A Dra. Júlia Azevedo é ginecologista e obstetra, com vasta experiência em climatério, menopausa e uroginecologia, formada pela UFRGS.
Com especializações em saúde feminina, ginecologia esportiva e estética íntima, ela oferece cuidados completos e personalizados para mulheres em todas as fases da vida. Seu foco está em proporcionar tratamentos modernos e eficazes, sempre com um atendimento acolhedor e humanizado.
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