Cristóvão Colombo 2948 sala 802

(51) 999931234

Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP): causas, sintomas e tratamentos da condição.

Você, com certeza, já ouviu falar sobre a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP). Este é um distúrbio hormonal bastante comum que afeta as mulheres em idade reprodutiva, principalmente com idade entre 30 e 40 anos, causando desequilíbrios hormonais, ciclos menstruais irregulares e alterações metabólicas. 

Estima-se que a SOP atinja entre 5% e 15% das mulheres nessa faixa etária, sendo uma das principais causas de infertilidade. Entretanto, além de afetar a função reprodutiva, a condição também pode impactar a saúde metabólica e emocional da mulher, exigindo um acompanhamento médico adequado. 

Neste artigo, vamos esclarecer algumas questões sobre o que é ovário policístico,  quais suas causas e sintomas, qual o tratamento mais adequado e também outras dúvidas sobre o assunto. 

O que é ovário policístico?

Antes de falarmos sobre aspectos mais específicos da SOP, é importante entender que os ovários são dois órgãos localizados um de cada lado do útero. Eles são responsáveis pela produção dos hormônios sexuais femininos.

Modelo anatômico do sistema reprodutivo feminino em cima de uma mesa branca. ao fundo, vê-se a silhueta da médica com um estetoscópio vermelho.

Já os cistos, são pequenas bolsas que contêm material líquido ou semissólido que podem surgir dentro do(s) ovário(s), causando problemas simples, como irregularidade menstrual e acne, até outros mais graves, como obesidade e infertilidade.

Porém, existe uma diferença fundamental entre cisto no ovário e ovário policístico; ela está no tamanho e na quantidade de cistos. No primeiro caso, apenas 1 e , no segundo, inúmeros.

Quais são as causas e os fatores de risco da SOP?

  • Resistência à insulina: muitas mulheres com SOP apresentam resistência à insulina, mas não se sabe se isso é causa ou efeito do surgimento de cistos;
  • Fatores genéticos: há indícios de que a SOP tenha um componente genético, pois mulheres com parentes de primeiro grau afetados (mãe ou irmãs) têm maior risco de desenvolver a síndrome;
  • Inflamação crônica: algumas pesquisas sugerem que a inflamação crônica de baixo grau pode estar relacionada  com a resistência insulínica.

Principais sintomas 

Os sintomas da Síndrome dos Ovários Policísticos variam entre as mulheres, mas os mais comuns incluem:

  • Irregularidade menstrual: menstruações esporádicas ou ausência de menstruação (amenorreia) devido à falta de ovulação regular;
  • Excesso de pelos (hirsutismo): crescimento anormal de pelos no rosto, peito, costas e outras áreas do corpo, causado pelo aumento da testosterona;
  • Acne e pele oleosa: devido ao excesso de andrógenos, muitas mulheres apresentam acne persistente e aumento da oleosidade da pele;
Jovem com cabelos castanhos e longos, olha para a escova de cabelo com expressão de espanto por causa da queda de cabelo.  Este é um dos sintomas da síndrome dos ovários policísticos.
  • Queda de cabelo (alopecia androgenética): o afinamento dos fios de cabelo e a queda excessiva também podem ocorrer devido ao desequilíbrio hormonal;
  • Ganho de peso e dificuldade para emagrecer: a resistência à insulina pode levar ao acúmulo de gordura, especialmente na região abdominal;
  • Infertilidade: a falta de ovulação regular pode dificultar a gravidez, sendo a SOP uma das principais causas de infertilidade feminina;
  • Distúrbios emocionais: depressão, ansiedade e alterações no humor são comuns em mulheres com SOP, muitas vezes associadas às oscilações hormonais e aos desafios emocionais causados pelos sintomas físicos.

Diagnóstico da síndrome

O diagnóstico da SOP é feito com base em critérios clínicos e exames complementares, como por exemplo:

  • Histórico médico e avaliação dos sintomas;
  • Exames hormonais para avaliar os níveis de andrógenos, estrogênio e progesterona. Estes podem ser úteis em diagnóstico diferencial, mas não são obrigatórios para fechar o diagnóstico  
  • Ultrassonografia pélvica, que pode identificar a presença de múltiplos cistos nos ovários. Este também não é um exame obrigatório, caso a paciente já preencha os outros critérios;
  • Teste de resistência à insulina e glicemia para avaliar o metabolismo da glicose. É interessante fazer essa avaliação, uma vez que a resistência insulínica é comum, mas também não é diagnóstico determinante por si só. 

Para ser diagnosticada com SOP, a mulher deve apresentar pelo menos dois dos três critérios estabelecidos pelo Consenso de Rotterdam: ciclos menstruais irregulares, sinais clínicos ou laboratoriais de hiperandrogenismo e ovários policísticos identificados no ultrassom.

Ginecologista fazendo ultrassonografia em clínica moderna. Um dos exames solicitados para o diagnóstico da síndrome dos ovários policísticos.

Tratamento e Controle da SOP

Embora não haja cura definitiva para a SOP, o tratamento visa controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida da paciente. As principais abordagens incluem:

  • Mudanças no estilo de vida: a prática de exercícios físicos regulares e uma alimentação equilibrada podem ajudar a reduzir a resistência à insulina, controlar o peso e melhorar a regulação hormonal;
  • Uso de anticoncepcionais hormonais: pílulas anticoncepcionais combinadas podem ajudar a regular o ciclo menstrual, reduzir a produção de andrógenos e melhorar sintomas como acne e excesso de pelos;
  • Medicamentos para resistência à insulina: em alguns casos, o uso de metformina pode ser recomendado para melhorar a sensibilidade à insulina e ajudar na regulação dos ciclos menstruais;
  • Indução da ovulação: para mulheres que desejam engravidar, medicamentos como o citrato de clomifeno ou injeções hormonais podem ser indicados para estimular a ovulação;
  • Tratamentos dermatológicos: para controlar acne e crescimento excessivo de pelos, podem ser indicados tratamentos tópicos, depilação a laser ou medicamentos antiandrogênicos.

A Síndrome dos Ovários Policísticos é uma condição complexa que afeta múltiplos aspectos da saúde feminina, indo além da fertilidade e impactando o metabolismo e o bem-estar emocional da mulher. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para prevenir complicações a longo prazo, como diabetes tipo 2, hipertensão e problemas cardiovasculares. 

Amigas de diferentes idades e raças riem divertindo-se em um parque.

No entanto, com um acompanhamento médico adequado e mudanças no estilo de vida, é possível controlar os sintomas e melhorar significativamente a qualidade de vida das mulheres com SOP. 

Conheça a Dra. Júlia Azevedo

A Dra. Júlia Azevedo é ginecologista e obstetra, com vasta experiência em climatério, menopausa e uroginecologia, formada pela UFRGS.

Com especializações em saúde feminina, ginecologia esportiva e estética íntima, ela oferece cuidados completos e personalizados para mulheres em todas as fases da vida. Seu foco está em proporcionar tratamentos modernos e eficazes, sempre com um atendimento acolhedor e humanizado.

Agende sua consulta e conte com uma especialista que une ciência, dedicação e carinho no cuidado com a sua saúde.

Olá, deseja agendar uma consulta?