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Ginecologia e Performance Esportiva

A ginecologia é responsável por cuidar especificamente da saúde íntima feminina, tanto no que se refere a questões hormonais, como físicas. Sendo assim, inclui uma série de cuidados que vão desde um acompanhamento periódico de rotina a orientações específicas para grupos distintos de mulheres – entre eles, atletas profissionais ou não.

E a verdade é que apesar de a ginecologia ser essa especialidade que cuida da saúde intima feminina, ela não para por aí. O ginecologista, muitas vezes, é o clínico da mulher, aquele que precisa ter uma visão integral sobre a saúde. Por isso, é um especialista que deve recomendar todos cuidados e hábitos para uma vida saudável: o que inclui a prática esportiva. 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), toda a população adulta deve praticar no mínimo 150 minutos de atividades físicas moderadas por semana, junto a exercícios de força duas vezes. Isso porque além de proporcionar uma vida saudável, a atividade física, se bem orientada, auxilia no tratamento de várias doenças ginecológicas, como a Endometriose e o Tanstorno Disfórico Pré-menstrual (uma variante com teor mais grave que a “TPM”). 

Da mesma forma, existem diversas questões ginecológicas associadas à performance no esporte. Desde questões hormonais (como o uso de contraceptivos, reposição hormonal e características do ciclo menstrual), até em relação ao assoalho pélvico, que possui particularidades nas mulheres, principalmente entre que realizam atividades de força intensa ou de impacto.  

A prática esportiva deve ser um cuidado básico com o corpo

Mesmo que amadora, a prática esportiva faz bem para a saúde física e mental. Os benefícios impactam no cotidiano de modo a aumentar a resistência, melhorar o condicionamento físico, causar diminuição do estresse e trazer mais ânimo, além de melhorar a massa óssea e muscular, prevenir contra demências e alguns tumores, por exemplo. 

Ademais, esses cuidados também auxiliam a tratar um dos principais maus do século XXI, o sedentarismo. Segundo os dados da OMS, até 5 milhões de mortes poderiam ser evitadas se as pessoas tivessem uma rotina mais ativa. Ou seja, o incentivo ao esporte pode ser o que melhora e salva vidas. 

E como manter a prática de atividades físicas adequada?

Em relação a prática de atividades físicas: toda e qualquer atividade (como uma caminhada) pode ser benéfica. Para a OMS, o ideal de tempo de realização de atividades deve ser, no mínimo, 150 minutos por semana de forem atividades moderadas. No entanto, se forem atividades de maior intensidade, esse número pode ser reduzido para 75 minutos semanais. 

No entanto, pode ser procurado um especialista para auxílio na prática esportiva de acordo com o objetivo que possui e rotina – para que caso esteja em um momento de sedentarismo, a mudança seja gradual e não ocorra complicações de saúde. 

Esportes para além da saúde

Se há um tempo as mulheres faziam atividade física apenas para melhora e manutenção da saúde, hoje a realidade é diferente. Atualmente, muitas mulheres praticam esporte em busca de performance, independentemente da idade. 

Os objetivos podem ser variados, como o emagrecimento, ganho de massa, maior velocidade, potência de saltos, maior resistência, etc. Sendo assim, por cuidar da totalidade da saúde feminina e estar relacionada ao desempenho das mulheres, a ginecologia é uma das especialidades que mais pode trazer benefícios para quem busca essa melhora de performance. 

Um exemplo simples e de impacto significativo é a fazer adaptações para que as mulheres consigam competir na melhor fase do ciclo para a modalidade específica. 

Cuidados específicos da Ginecologia Esportiva 

Não é segredo que o corpo feminino possui diferenças biológicas do corpo masculino. Por isso, as mulheres requerem de uma atenção individualizada e com conhecimento específico na forma do próprio funcionamento fisiológico, que pode tratar complicações ginecológicas e melhorar o desempenho na realização de esportes. 

Por exemplo, atividades intensas ou impactantes, como o levantamento de peso olímpico (LPO) ou o crossfit, podem levar a sobrecarga do assoalho pélvico e às disfunções associadas, como é o caso da incontinência urinária associada aos exercícios. Já exercícios de endurance, como a corrida, podem causar perda urinária não só pelo impacto, mas também pela exaustão da musculatura pélvica.  

Além disso, algumas modalidades também possuem particularidades em relação aos cuidados necessários para a região íntima, como no caso na natação (e demais esportes aquáticos), do ciclismo (devido ao excesso de trauma e de abafamento da região genital) e do triatlon, que une três modalidades completamente diferentes em uma única prova. 

Outra questão é em relação ao desempenho físico que, por conta de questões hormonais do ciclo menstrual, pode ser afetado. Isso porque a fase do ciclo menstrual pode ser algo determinante para conseguir um bom desempenho, especialmente para a realização de provas e competições. Sendo assim, adaptar o ciclo menstrual ao ciclo de treinamento faz uma diferença significativa para mulheres que competem no esporte. 

Já as mulheres que não competem, também são afetadas por conta do ciclo menstrual. Isso porque as características associadas ao ciclo menstrual como cólicas, sangramento aumentado e dores nas mamas podem desestimular muitas mulheres na prática de esportes.  Inclusive, existe uma relação direta entre tamanho de mamas (e dor associada) com sedentarismo, sabia? 

Sendo assim, entre os benefícios que o acompanhamento ginecológico pode trazer para a saúde feminina de quem pratica esportes, estão:  

Esportes continuam importante na gestação e pós-parto

Muitas mulheres podem pensar que durante a gestação e pós-parto a prática esportiva seja um risco, mas isso e um MITO.

A recomendação de realização de atividades físicas durante pelo menos 150 minutos, junto a realização de exercícios de força dias vezes por semana, também se aplica ao grupo das mães e futuras mães. Claro que é importante ter o treino adaptado, mas a atividade não deve ser deixada de lado, dando espaço para uma vida sedentária.

As atividades físicas são fundamentais para a saúde da mãe e do bebê, pois previne doenças de gestação como o diabetes gestacional, a pré-eclâmpsia e a depressão pós-parto, além de diminuir o risco de desenvolvimento de obesidade e de doenças cardiovasculares.

E sim, praticamente todas as modalidades podem ser feitas nesse período, desde que sejam com as adaptações adequadas – como em relação ao tempo de atividade, intensidade, ajustes de cargas e posições, para trazer o máximo dos benefícios de forma segura para ambos.

Esses cuidados possibilitam a reabilitação e a prevenção de disfunções dos músculos do assoalho pélvico, e possibilitando também o tratamento adequado da diástase abdominal, comum em muitas mulheres após a gravidez.

Quando procurar uma Ginecologista Esportiva? Quem deve procurar?

Sempre que desejar realizar algum esporte, seja de forma profissional ou amadora, é interessante consultar com uma especialista capaz de compreender as demandas específicas que possui, além de orientar a melhor forma de cuidar do corpo. 

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